Participo de vários grupos de mães com crianças especiais e a cada dia que passa tenho mais nojo do ser humano preconceituoso, esse é apenas um relato de uma mãe que sempre sonhou que seu filho fizesse tudo... que ouviu péssimos diagnosticos medicos e simplesmente continuou vivendo e tentando fazer o filho feliz... fico muito triste com isso, acho q se fosse comigo, iria bater nessa mulher e falar poucas e boas...
"Bom dia a todos!
Ontem vivi três situações no Shopping X passeando com meu Filho , que me deixaram extremamente irritada.
A primeira foi da mãe dizer a filha que estava correndo: Olha o menino na cadeira de rodas, ele vai te pegar, ela disse baixinho ,mas deu para eu perceber bem e a criança olhou e ficou com medo.
A última quase eu reajo, mas como eram crianças me controlei, mas a raiva foi demais!!!
Meu filho é um cara que é muito social, adora sair, passear , ontem combinei com ele, vamos passear no Shopping que é bem perto da minha casa e podemos ir andando, mesmo com as dificuldades de acessibilidade até chegar ao Shopping que é muito grande.
O nosso direito de ir e vir e ficar é totalmente desrespeitado, parece que não somos deste mundo, primeiro temos que passar pela vistoria das pessoas através do olhar.
Sabe ontem saí ,falei meu filho te prepara para os monstros que você vai encontrar, mas ele não está nem aí.
Tenho amigas que fizeram escolhas, tenho uma amiga que a filha dela tem Síndrome de Rett e ela decidiu não sair mais com a filha, por conta de toda essa situação de constrangimento que a filha passa.
Uma vez ela levou a filha para brincar na casa de bolinhas no Bobs,a casinha estava cheia de crianças, quando ela colocou a filha dela na casinha ,as mães viram e tiraram seus filhos da casinha ,aí ela olhou para a filha e disse: A casinha agora é só nossa filha.
Hoje eu estou tão frágil por conta disso, porque eu sou tão dura brigo com todos por causa de discriminação,mas hoje eu quero ser mãe, e me permiti a chorar.
Não vou tirar o direito do meu filho passear, temos que enfrentar ,às pessoas tem que respeitar cada um , o jeito diferente de cada um fazer, e o que me deixou mais sossegada é que meu filho estava tão feliz e dando gargalhada, entrei numa livraria,mostrei os livros de Augusto Cury, li um trecho pra ele, ele derrubou os livros com os pés, porque alguns livros ficam perto do chão impedindo a cadeira de rodas aí ele chutava rsss!!"
Fico muito feliz em ler um relato de uma mãe como você, que está lutando pela felicidade e direito do seu filho. Sou Professora de Educação Física em uma Escola Especial, e por diversas vezes em situações de passeios com o Colégio, vivenciei na pele a discriminação de uma sociedade egoísta, mal informada e de péssimo gosto. Pois não tem como não amar essas pessoas mais que especiais, que dão mais pra gente do que recebe da gente. Dão amor, respeito, força e muito mais. Dão sentido as nossas vidas. Agradeço a Deus por me capacitar e me dar oportunidade de receber o carinho desses amores, o que não é pra qualquer um.
ResponderExcluirOlá! BOm eu luto muito pelo meu milagre!! luto todos os dias! fico muito feliz de ter gente como vc por ai... rezo para que meu filho encontre essas pessoas...tenho medo de como será quando ele não tiver mais debaixo das minhas asas, por enquanto eu não aceito nem um olhar cruzado... sou uma leoa com meu gato!! beijos
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